3ª Mostra



De 06 a 17 de Dezembro de 2010
Realização
Apoio




                       Chegamos a IIIª Mostra Riofilme de Cinema Brasileiro, e sua realização, de forma consecutiva, vem fortalecer o trabalho que desenvolvemos, com o apoio da Riofilme, empresa distribuidora de filmes vinculada a Secretaria Municipal de Cultura da Cidade do Rio de Janeiro, do CTAV (Centro Técnico do Audiovisual), ligado à Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura , da Divisão de Promoção do Audiovisual (DAV), do Ministério das Relações Exteriores e o empenho da equipe do Centro Cultural Brasil – São Tomé e Príncipe sob a liderança do Embaixador Sr. Arthur V.C. Meyer. 
                               A partir desta edição, homenagearemos um cineasta brasileiro e o escolhido foi, por seu talento e visão crítica, seu modo de “pensar o cinema”, reconhecido e respeitado internacionalmente; Glauber Rocha.
                             Apresentaremos uma mostra paralela com 4 de seus mais importantes títulos e dois documentários, um dirigido por sua mulher, Paula Gaitán, e outro, por sua filha, Paloma Rocha. E agradecemos ao TempoGlauber, responsável pela preservação do acervo do cineasta, a cessão dos títulos a serem exibidos.
Bem vindos à IIIª Mostra Riofilme de Cinema Brasileiro.
Vital Filho
(Curador da IIIª Mostra Riofilme de Cinema Brasileiro)




Filmes

  
FICÇÃO


MEU NOME É DINDI


                                      












Longa metragem
Gênero: Drama
Duração: 85 minutos

FICHA TÉCNICA:

Roteiro e direção: Bruno Safadi.
Fotografia: Lula Carvalho
Música: Aorélio Dias.

ELENCO:

Djin Sganzerla / Gustavo Falcão / Carlo Mossy / Nildo Parente / Maria Gladys / Cláudio Mendes

SINOPSE.
Marcão sempre quis perguntar: de onde veio mesmo esse nome? Dindi responde que foi uma brincadeira da mãe. No dia do parto, ficavam tocando um disco de Tom Jobim atrás do outro, e a música que caísse na hora H forneceria o nome do bebê.
A referência lúdica à Bossa Nova em particular, a uma imagem nostálgica do Rio de Janeiro de modo geral, é elemento central do longa-metragem de estreia do roteirista e diretor Bruno Safadi. É na praia, nas primeiras horas da manhã, banhada pelo sol ainda gentil, com a câmera sempre seguindo seu rosto de princesa de fábulas, que Dindi fala do passado de forma tão enamorada. Um tempo que parece existir e resistir só em sonhos.
Dindi não conseguiu acompanhar o tempo. Tenta manter de pé a quitanda da família, cheia de dívidas, enquanto o supermercado da vizinhança rouba-lhe toda a clientela. Desde o primeiro minuto de Meu Nome é Dindi, a câmera não desgrudava do rosto da atriz. A primeira vez que a deixa de lado é para mostrar o resto da quitanda em ligeiro plano-sequência: fotos da família na parede ao lado de uma pintura desbotada da paisagem carioca. O que ajuda também o clima passadista são as velas, já que cortaram a luz da quitanda por falta de pagamento.
Falando assim, talvez pareça que Meu Nome é Dindi é um lamento por um Rio que não volta mais. Não é tão simples. O misto de sonho e realidade filmado por Safadi também trata da carga histórica nos ombros de Dindi - o passado pode ser uma lembrança morna, mas também uma insistente assombração. Não por acaso, a certa altura de sonho tão real (ou seria realidade sonhada?), Dindi se vê perseguida pelo palhaço Alegria. Que obrigação de ser feliz - de ser uma carioca nostálgica feliz, para ser mais exato - é essa que tanto a persegue?
Todas essas perguntas não são formuladas pela dramaturgia mínima contida em Meu Nome é Dindi, mas pela imagem. É por um cinema que se constrói com signos visuais, enfim, que Bruno Safadi está advogando aqui. Um cinema que imediatamente remete a dois nomes essenciais da cinematografia brasileira - Júlio Bressane e Rogério Sganzerla, pai de Djin. De novo, não por acaso, nomes de quem Safadi, então estudante de cinema na Universidade Federal Fluminense, se aproximou, depois de organizar uma mostra sobre os dois.
Safadi acabou fazendo assistência de direção para Bressane em Filme de Amor e Cleópatra antes de se aventurar nos longas. Pelo que se vê em Meu Nome é Dindi, a experiência foi muito bem assimilada. O resultado não é um cinema fácil de assistir para quem está habituado ao modelo didático-narrativo, mas, em contrapartida, é altamente recompensador para quem busca cineastas interessados não somente em filmar roteiros, mas em construir imagens.


 DIVÃ





                                                                          









Longa metragem
Gênero: Comédia
Duração: 90 minutos
FICHA TÉCNICA:
Direção: José Alvarenga Jr.
Direção de fotografia: Nonto Estrela
Roteiro original: Marcelo Saback
Direção de arte: Claudio Domingos
Produção executiva: Jafa Britz, Marcos Didonet, Vilma Lustosa, Walkiria Barbosa
ELENCO:
Lilia Cabral / José Mayer / Reynaldo Gianecchini / Cauã Reymond / Alexandra Richter / Eduardo Lago / Paulo Gustavo / Elias Gleiser /
SINOPSE:
Mercedes (Lília Cabral) é uma mulher de 40 anos, casada com Gustavo (José Mayer) e mãe de dois filhos, que decide procurar um psicanalista. A princípio, a decisão, que seria apenas para matar uma curiosidade, provoca uma série de mudanças em seu cotidiano. No divã, Mercedes questiona seu casamento, a realização profissional e seu poder de sedução. A melhor amiga, Mônica (Alexandra Ritcher), companheira de todos os momentos, vê de perto a transformação de Mercedes e participa de suas novas experiências e descobertas, apesar de nem sempre concordar com suas escolhas.


PRAÇA SAENS PEÑA


                                                  








Longa metragem
Gênero: drama
Duração: 100 minutos
ELENCO:
Chico Diaz / Maria Padilha / Isabela Meirelles / Stella Brajterman / Gustavo Falcão /  Gutti Fraga / Maurício Gonçalves / Aldir Blanc.
FICHA TÉCNICA:
Direção e Roteiro: Vinicius Reis
Produção: Gisela Camara / Luis Vidal / Vinicius Reis.
Produção Executiva: Luis Vidal
Direção de Produção: Fernanda Neves
Fotografia e Câmera:  FABRÍCIO TADEU
Som Direto: Paulo Ricardo Nunes
Direção de Arte: Tainá Xavier
Figurino:  Rô Nascimento
Montagem e Edição de Som: Waldir Xavier
SINOPSE.
Paulo é professor de literatura, Teresa é comerciante e Bel, estudante. Eles vivem em um apartamento alugado na Praça Saens Peña, coração da Tijuca, bairro da Zona Norte do Rio de Janeiro. Uma tentadora e inesperada proposta de trabalho poderá abalar profundamente a rotina tranqüila dessa família. A história começa nos primeiros meses de 2003, durante um verão que parece não ter fim. Dois acontecimentos marcam essa época: o início do governo Lula e a invasão do Iraque pelos Estados Unidos.

    EMBARQUE IMEDIATO



Longa metragem
Gênero: comédia
Duração: 90 minutos.
FICHA TÉCNICA:
Direção: Allan Fiterman
Roteiro: Marcelo Florião, Laura Malin e Aloísio de Abreu
Produção: Juliana de Carvalho e Marcelo Florião
Produção executiva: Juliana de Carvalho
Direção de produção: Bia Caldas, Claudine Franco
Música: Daniel Tauszig
Som direto: Yan Saldanha
Efeitos Especiais: Manuel Gonzalez
Fotografia: Allan Fiterman
Direção de arte: Beli Araújo e Zilda Moschkovich
Figurino: Babita Mendonça e Fábio Namatame

ELENCO:
Marília Pêra
Jonathan Haagensen
José Wilker
Clara Choveaux
Marta Nieto
Sandra Pêra
Caio Graco
Fred Assis
Edi Oliveira
Rafael Martins
Fábio Herford
SINOPSE:
Wagner (Jonathan Haagensen) é um jovem sem esperança, que sonha em deixar o Brasil. Justina (Marília Pêra) já tentou a vida fora do país e continua sonhando com um futuro melhor. Ela atualmente sofre com Fulano (José Wilker), seu namorado, que é agenciador de modelos gordinhas. Wagner tenta fugir clandestinamente e, nesta situação, conhece Justina. O encontro entre eles mudará suas vidas para sempre.    





HISTORIAS DE AMOR DURAM APENAS 90 MINUTOS


  












Longa metragem
Gênero: drama
Duração: 93 minutos
ELENCO:

Caio Blat
Maria Ribeiro
Luz Cipriota
Daniel Dantas
Lucia Bronstein
Participação especial: Hugo Carvana

FICHA TÉCNICA:

Direção e Roteiro: Paulo Halm
Direção de Fotografia: Nonato Estrela
Direção de Arte: Renata Pinheiro
Figurino: Reka Koves
Direção de Produção: Cacala Carvana
Musica: André Moraes
Produção e Produção Executiva: Heloisa Rezende

SINOPSE:
Jovem escritor, às voltas com romance que não consegue escrever, vive no mais profundo ócio. Tem 30 anos, mas age como se fosse um adolescente. É talentoso, mas dispersivo: escreve duas frases e logo desiste. Casado com Julia, professora de Belas Artes, mulher linda e resolvida, vive crise de relacionamento, provocada pela forma antagônica com que vêem a vida: Zeca não quer nada, Julia sabe o que quer.  Enquanto a professora dedica-se ao mestrado – ela quer estudar em Paris -, Zeca passa seu tempo perambulando pelas ruas, ruminando reflexões sobre o mundo e sua vida sem objetivos, observando as pessoas, pensando nas histórias que nunca irá escrever, filosofando inutilidades. Zeca é infeliz, porém conformado. Até o dia em que começa a acreditar que Julia o está traindo. E para sua surpresa, com outra mulher.

                 AS MELHORES COISAS DO MUNDO          
















Longa metragem
Gênero: drama
Duração: 107 minutos


FICHA TÉCNICA:
Direção: Lais Bodanzky
Roteiro: Luiz Bolognesi
Fotografia: Mauro Pinheiro Jr
Direção de arte: Cássio Amarante
Figurino: Caia Guimarães
Produção executiva: Caio Gullane e Rui Pires
Direção de produção: Pablo Torrecilas

ELENCO:
Denise Fraga
Paulo Vilhena
Caio Blat
Francisco Miguez
Gabriela Rocha
José Carlos Machado
Gustavo Machado
Filipe Galvão (Fiuk)
Gabriel Illanes
Júlia Barros


SINOPSE:
Mano tem 15 anos, adora tocar guitarra, beijar na boca, rir com os amigos, andar de bike, curtir na balada. Um acontecimento na família faz com que ele perceba que virar adulto nem sempre é tarefa fácil: a popularidade na escola, a primeira transa, o relacionamento em casa, as inseguranças, os preconceitos e a descoberta do amor. Em meio a tantos desafios, Mano descobre e inventa As Melhores Coisas do Mundo.



ADÁGIO AO SOL










                            






Longa metragem
Gênero: Drama
Duração: 100 minutos
FICHA TÉCNICA:
Roteiro e Direção: Xavier de Oliveira
Fotografia: Gilles Cazassus
Direção de arte (cenografia e figrinos): Marcos Peçanha
Produção Executiva: Durval Garcia
Direção de produção: Vital Filho
Música: Fábio Nercessian
Edição: Vera Freire
ELENCO:
Rossana Ghessa
Cláudio Marzo
Edwin Luisi
Marcelo Moraes
Milena Nercessian
Carlos Bertholucci
Rinaldo Genes
Marília de Moraes
Josué Torres
Luiz Serra
SINOPSE:
Tendo como palco um período especialmente conturbado da vida político-econômica brasileira e a turbulência social que antecedeu a Revolução Constitucionalista de 1932, “Adágio ao Sol” abrange o drama vivido pelo casal Júlio e Angélica, ele fazendeiro de café, dono da Fazenda Riachão, enfrentando, como os demais, a quebra da colheita e conseqüente confisco de sua propriedade pelo banco, sua jovem esposa e um rapaz, Álvaro, filho de amigos, que vai estudar botânica, e hospeda-se com eles. Angélica se apaixona por Álvaro, o triângulo amoroso torna-se inevitável e termina de forma trágica. Mais do que uma história de amor, o filme é o retrato de uma época.



                                         ANA TERRA                           





                           

Longa metragem   
Gênero: Drama (adaptação da obra do escritor Érico Verissimo), ficção histórica
Duração: 100 minutos
FICHA TÉCNICA:
Direção:  Durval Garcia
Roteiro: Durval Garcia e Pereira Dias
Fotografia: Hélio Silva
Música : Carlos Castilho.
ELENCO:
Rossana Ghessa
Geraldo D´El Rey
Vânia Elisabeth
Naide Ribeiro
Rejane Schuman
Gilberto Nascimento
Pedro Machado
SINOPSE:
Os Terra dedicam suas vidas ao trabalho duro e à defesa de seu rancho contra ataque de bandoleiros, interessados em saquear e estuprar as mulheres dos colonos.
Ana Terra é a única moça solteira da região, vivendo com os pais e os irmãos, ressentida da solidão e marasmo de sua vida, até que um dia socorre um soldado mestiço, Pedro Missioneiro, ferido a bala e que é socorrido pela família Terra.
O patriarca, Manoel, preocupado, tão logo Pedro se recupere, pensa em mandá-lo embora, mas o soldado mostra-se útil, luta bravamente para salvar os Terra de um ataque e conquista não só a confiança de todos, como o coração de Ana, que se entrega a ele sem reservas, daí nascendo uma criança.
Manuel não aceita o fato e ordena que seus filhos sumam com Pedro, e partir daí o filme segue uma narrativa da luta de Ana Terra, presa, estuprada por bandoleiros, mas que resiste a tudo para salvar e criar seu filho.      


 
             MARCELO ZONA SUL 

                
  




Longa metragem 
Gênero: Ficção, comédia.
Duração: 103 minutos
FICHA TÉCNICA
Roteiro e direção: Xavier de Oliveira
Diretor de fotografia: Edison Batista
Produtor executivo: Denoy de Oliveira
ELENCO
Stepan Nercessian
Françoise Furton
Simone Malagutti
Francisco Dantas
Neila Tavares
Denoy de Oliveira
“Marcelo Zona Sul” recebeu o Prêmio de Qualidade dado pelo Instituto Nacional de Cinema e a Placa de Prata, no Festival Internacional de San Sebastian, Espanha.
Realizado em 1970,  seus negativos foram recuperados pela Operadora Cinema Brasil e relançado por suas qualidades intrínsecas e forma de abordagem, na época, da juventude carioca e, por extensão, brasileira, tornando-o um filme atemporal.
SINOPSE
 “Marcelo Zona Sul” apresenta, de forma leve e contida, o conflito de gerações através do cotidiano de 4 jovens; suas contradições com o chamado “mundo adulto” e a realidade que lhes é imposta.
SOBRE ‘MARCELO ZONA SUL’
“Marcelo Zona Sul se realiza sem apelo à vulgaridade, comunica limpidamente uma sensibilidade voltada para o eterno conflito entre a juventude e os códigos estabelecidos – Jornal do Brasil / RJ”
 “Mais do que a engrenagem da classe média, Marcelo Zona Sul mostra a engrenagem da adolescência – Estado de São Paulo / SP.”
 “Já se vê que por trás de uma aparência simples, com muitas pitadas de humor, esconde-se uma implacável crítica social e uma extrema lucidez frente ao problema conflito de gerações. Correio do Povo / RS


      TERRA DE DEUS        

 


















Longa metragem

Gênero: Drama

Duração: 120 minutos


FICHA TÉCNICA

Roteiro, diálogos e direção: Iberê Cavalcanti (inspirado livremente no conto “A ENXADA“ de Bernardo Élis)
Diretor de fotografia: Jorge Monclar
Som direto: Juarez Dagoberto
Montagem: Renato Schvartz
 Música original: André  Moraes
 Cenografia: Tião Fonseca e Shell Jr
Consultor de arte: Siron Franco
Figurinos: Paula Brandão
Produtor delegado: Pery de Canti
ELENCO:
Stepan Nercessian  / Lucélia Santos / Marcelo Moraes / Marcela Moura / Rinaldo Genes / Murilo Grossi.

SINOPSE

Sertão do Brasil Central

Supriano, ou Piano, pois é assim que todos o chamam, precisa de uma enxada emprestada para fazer o plantio do arroz nas terras do Coronel Elpídio, para quem deverá trabalhar de agora em diante até saldar sua dívida. Piano é assim como Deus quer, tímido e prestimoso como ele só, mas principalmente obstinado em suas tarefas.
Piano, sua mulher Olaia, dificultosa pra andar e seu filho Ninho, lá meio mole da cabeça e sempre perdido num mundo de sonhos, tiveram de mudar para as bandas do açude do Coronel, uma terra assim meio abandonada, descansada, terra devoluta que, como diz Elpídio, “é boa de plantar”.
Nos sentimentos de Piano é duro virar coisa de troca, não ter nem vez para plantar e ter uma boa colheita p`ra si mesmo, vender e quitar o que deve na venda do patrão e tocar sua vida...Mas tudo pode se ajeitar, pensa com esperança, basta só o Coronel compreender e fiar uma enxada, "mode plantá o arroz, que esse ano vai dá safra jeitosa, o Pai Divino ajutorando...”
O Coronel não quer nem falar no assunto, “isso é muita folga, inzona de nêgo malandro, não vale nem a dívida e ainda querendo que te dê uma enxada?!”. As ordens são claras: “quero a terra semeada no dia de Santa Luzia e não tem conversa fiada!”. Donana, a mulher do chefão, discorda do que vê e acredita que Deus ajudará Supriano com a força de sua santa preferida, justamente Santa Luzia, a padroeira dos plantios de arroz.
A sina de Piano daí p`ra frente é só tentar, inventar, pedir, implorar a todos por uma enxada. Mas até parece estar escrito que ele não vai conseguir, que todas as portas estão fechadas e que algum bicho danado levou as chaves. Não adiantam as rezas de Olaia, a obstinação de Piano, os sonhos do filho Ninho, a boa vontade do padre...
Entretanto, a esperança  e a determinação de Piano continuam fortes e inesgotáveis. Apesar de todos os obstáculos, ele tenta, faz planos, enquanto Donana roga aos céus com seus devotos de Santa Luzia.
Olaia acredita ser uma maldição na terra de Deus. E Ninho, o filho, pergunta: “É sonho, pai?” 
A  dignidade do homem em estado de delírio constrói a fé e a  resposta.


DOCUMENTÁRIOS


 SIMONAL – NINGUÉM SABE O DURO QUE DEI   


 













Longa metragem
Gênero: Documentário
Duração: 80 minutos
FICHA TÉCNICA.
Direção: Cláudio Manuel, Micael Langer e Calvito Leal
Produção executiva: Manfredo G. Barretto e Rodrigo Letier
Diretor de fotografia: Gustavo Hadba
Montagem: Pedro Duran e Karen Akerman
Depoimentos:
Pelé / Ziraldo / Mièle / Jaguar / Boni / Max de Castro / Simoninha / Nelson Motta.
SINOPSE:
Numa época de talentos eternos e revolucionários, Wilson Simonal brilhou como ninguém e inovou como poucos. Juntando qualidade, carisma, simpatia, suingue, charme, sensualidade e muito talento, ele se tornou a sensação do Brasil e ainda conquistou o público internacional. De repente tudo acabou. Boatos, acusações, mistérios, patrulhas e perseguições. O que aconteceu com Wilson Simonal?
“Simonal – ninguém sabe o duro qu dei” traça a trajetória impressionante do ex-cabo de exército, que reinou soberano e acabou condenado ao ostracismo por um delito que jurava inocência. Através do depoimento de amigos, inimigos e, principalmente, de imagens das exuberantes performances do grande artista, o filme mostra também as respostas que nunca apareceram.


Simonal era informante da ditadura? Era favorável aos militantes?  Ou seu maior crime foi ser negro, milionário, símbolo sexual num país e numa época em que existia muito racismo?
O documentário faz justiça ao artista sem fugir da polêmica que derrubou o homem; um honesto e bem trabalhado tributo a um artista que experimentou tanto a doçura da fama como o amargo do ostracismo social.

                                                               ANABASYS                                                         
















Longa metragem
Gênero: documentário
Duração: 98 minutos
FICHA TÉCNICA:
Direção:  Joel Pizzini / Paloma Rocha
SINOPSE:
Ao investigar as motivações estéticas e a luta incansável de Glauber Rocha pela liberdade no país, Anabazys procura examinar as raízes dos pré-conceitos forjados historicamente contra A Idade da Terra, o filme-testamento do cineasta baiano. Um filme sobre um filme onde o autor assume também o papel de ator de sua verdade histórica. Com imagens inéditas de Glauber no exílio e cenas de seu programa de televisão, Abertura, Anabazys esclarece a postura polêmica do diretor durante a ditadura, em defesa das aberturas democráticas no país. Um filme com Glauber Rocha.
DE MÃOS DADAS















Média metragem
Gênero: documentário
Duração: 71 minutos
FICHA TÉCNICA:
Direção e produção executiva: Paulo Roscio
Roteiro e Supervisão: Paula Camargo Roscio
Edição e Produção: Marcelo Prata
Direção de fotografia: Fábio Nascimento
Assistente: Monalliza Martins
SINOPSE:
O documentário “ De Mãos Dadas” apresenta como foco principal “ a arte de cuidar e ser cuidado no tratamento oncológico”. O filme é supervisionado pela psico-oncologista Paula Camargo Roscio, e conta com depoimento de vários médicos, equipe multiprofissional, familiares vê pacientes com câncer.


ANIMAÇÕES

O GRILO FELIZ E OS INSETOS GIGANTES
     

                                                                                                                                
        




Longa metragem
Gênero: Animação
Duração: 90 minutos

FICHA TÉCNICA:

Direção: Rafael Ribas e Walbercy Ribas
Produção Executiva: Juliana Ribas
Música: Ruriá Duprat
Roteiro: Walbercy Ribas
Direção de Animação: Rafael Ribas
Direção de Arte e Fotografia: Rafael Ribas
Distribuição: Fox Film do Brasil
Produção: Start Anima
SINOPSE:
Bituquinho e Rafael estão descendo as dunas de areia em suas pranchas, quando descobrem o Vale dos Insetos Gigantes.Verdugo, um entregador de pizza, se aproveitando do mistério provocado por essa descoberta inusitada, trama algo.

Enquanto o Grilo Feliz compõe novas músicas, Bituquinho se esforça para construir uma cobra gigante, com sucatas encontradas no lixo, para proteger o povoado dos sapos, seus maiores inimigos. Porém, surge uma louva-a-deus gigante chamada Trambika, que atrai as crianças de rua com um enorme pirulito colorido, com o intuito de fazê-las trabalhar para ela.

O sapo Netão e seu grupo de rap querem gravar um CD para saírem do sufoco da favela, mas, para isso, Netão precisa encontrar uma voz feminina para o grupo. Depois de muitas tentativas com pererecas desafinadas eles resolvem procurar um inseto na Festa da Primavera, onde o Grilo fará um show.
O Grilo Feliz vai com Bituquinho e Rafael procurar uma voz linda e misteriosa que eles ouviram quando descobriram o Vale dos Insetos Gigantes, mas não a encontram.
Na Festa da Primavera, enquanto o Grilo apresenta sua nova canção, surge uma linda grila para cantar com ele. Ela é Pétala, a dona da voz maravilhosa, que encanta a todos, inclusive Netão que, travestido de inseto, logo se revela e, com sua truculência, assusta a todos os insetos e ainda seqüestra Pétala, levando-a para fazer parte do seu grupo musical.
O Grilo, apaixonado e triste pela perda tão repentina, vai até seu amigo Montanha e pede conselhos sobre os mistérios do amor.

Algumas crianças, cansadas de trabalhar para a Trambika, fogem para aprender música com o Grilo, enquanto o Netão - depois de ensinar dança e vocabulário de rap para Pétala - prepara-se para a estréia do primeiro show do grupo no Panelão.

Enquanto Grilo pensava na ausência de Pétala, Rafael descobre na internet que houve uma grande confusão durante o show do Netão, provocada pela apresentação sensual da grilinha. Grilo e Rafael decidem então ir à cidade a procura de Pétala.

Na cidade, Grilo descobre que seu show foi gravado, e CDs piratas de suas músicas estão sendo vendidos por camelôs. O mundo de Grilo desaba. Netão aparece com Pétala e mostra o CD do seu grupo de rap, que também fora pirateado.

Diferenças à parte, eles decidem se unir para encontrar o responsável pela
pirataria de suas criações. Depois de encontrar, num parque de diversões abandonado, o “bunker” da vilã Trambika, eles descobrem que esta louva-a-deus gigante era uma máquina montada com partes roubadas do Vale dos Insetos Gigantes, manipulada por Verdugo, que a usava para explorar a inocência das crianças, usando-as para traficar animais, pedras preciosas e produtos pirateados, em troca de pirulitos.

Revoltados, Netão e Grilo perseguem Verdugo pelo parque. Na fuga, o vilão acaba sendo pego pela cobra que o Bituquinho construiu. Todos ficam felizes com a vitória e comemoram em uma grande festa sobre a cobra iluminada, que se transforma num lindo trio elétrico.
E, para surpresa de Grilo, as crianças para as quais ele ensinou música tocam Para ele e agradecem em coro: “Obrigado Grilo Feliz”!

                   PARA CHEGAR ATÉ A LUA   




                                   








Curta metragem
Gênero:  Animação
Duração: 10 minutos
FICHA TÉCNICA:
Produção: Diego M.Doimo
Roteiro e direção de arte: José Guilhermo Hiertz
Animação: Jonas Salto, José Guilhermo Hiertz, Tiago Marcondes, Rodrigo Pio
Produção executiva: Marianne Alves
Modelagem: José Guilhermo Hiertz, Jonas Salto, Tiago Marcondes
Montagem: Diego M. Dolmo, José Guilhermo Hiertz.
Trilha sonora: Fernando Melllo
Storyboard: Luiz Salles, Toco Alves
SINOPSE:
Como será viver tão sozinho a ponto de nem sequer saber o que é solidão? Assim vive Jaime, uma mosca-das-frutas. Ao nascerem, elas possuem apenas um dia  e um único propósito de sobreviver; acasalar e morrer. Porém Jaime nasce atrasado em relação aos seus irmãos e irmãs e perde o ciclo da vida ao qual fora destinado. Agora, com menos de um dia de vida, ele inicia sua curta jornada pelo mundo, buscando algo que dê sentido à sua existência.
                                    
RELACIONAMENTOS

                













Curta metragem
Gênero: animação
Duração: 5 minutos
FICHA TÉCNICA:
Roteiro, direção, animação, edição de som e vinheta: Gordeeff
Produção e edição: Cláudio Roberto, Gordeeff
Trilha sonora: Piotr Tchaikovisky

              VIDA MARIA 
                     











Curta metragem
Gênero: Animação em computação gráfica 3D
Duração: 8 minutos 34 segundos
FICHA TÉCNiCA:
Direção, computação gráfica, roteiro original, edição, vozes: Márcio Ramos
Produção: Joelma Ramos
Produção executiva: Isabela Veras
Música “Vidas Maria”: Hérlon Robson
SINOPSE:
Maria José, uma menina de 5 anos de idade, é levada a largar os estudos para trabalhar e enquanto trabalha, ela cresce, casa, tem filhos, envelhece.
“VIDA MARIA” é um projeto premiado no 3° Prêmio Ceará de Cinema e Vídeo, realizado pelo Governo do Estado do Ceará.
Produzido em computação gráfica 3D e finalizado em 35mm, o curta metragem mostra personagens e cenários modelados com texturas e cores pesquisadas e capturadas no sertão cearense, no nordeste do Brasil, criando uma atmosfera realista e humanizada.
Participou, entre Mostras e Festivais, de 34 eventos e entre os muitos prêmios recebeu, internacionalmente:
Menção honrosa melhor curta internacional (Cleveland International  Film Festival / USA)
Melhor animação (Festival de Cine de Huesca / Espanha)
Melhor animação internacional (15° Fensacor -  Festival Chileno Internacional Del Cortometraje / Chile)
Melhor animação (29° Festival Intml Del Nuevo Cine Latinoamericano / Habana / Cuba)
Melhor curta metragem hispano-brasileiro (X Festival Premis Tirant / Valencia / Espanha)
Prêmio Unicef  Venezuela (Festival de los Pueblos Del Sur / Venezuela)


AS ANDANÇAS DE NOSSO SENHOR SOBRE A TERRA












Curta metragem
Gênero: Animação
Duração: 13 minutos
FICHA TÉCNICA:
Direção: Betse de Paula
Roteiro: Betse de Paula e Ana Luiza Martins Costa
Animação: Bernardo Prata
Edição de som: Virginia Flores
Montagem: Marta Luz
Produção executiva: Ana Rita Nehmer
Música: Milena Tibúrcio, Caio Tibúrcio, Rogério Caetano
ELENCO:
André Barros / Edgard Amorim.
SINOPSE:
Nosso Senhor é um andarilho que percorre a Terra ao lado de São Pedro curando e pregando. Durante as andanças pelo Nordeste São Pedro cai em tentação e cabe ao Nosso Senhor perdoar ... ou não.


       CURTAS METRAGENS



                                                                ÁLBUM DE MÚSICA     






                                                           
Curta metragem
Gênero: musical
Duração: 10 minutos
FICHA TÉCNICA:
Direção, fotografia e montagem: Sérgio Sanz
Produção: DAC/MEC
SINOPSE:
Músicas de Pixinguinha, Almirante, Ismael Silva, Nelson Cavaquinho e Cartola, comentários de Gilberto Gil e Macalé, com depoimentos  de Nara Leão e Nelson Motta sobre a música popular brasileira.

                                                            
                                                            CARMEM MIRANDA                                                  


















Curta metragem
Gênero:  documentário biográfico
Duração: 18 minutos
FICHA TÉCNICA:
Direção: Jorge Ileli
Fotografia: Hélio Silva
Produção: INC
SINOPSE:
A morte de Carmem Miranda, em 1955, emocionou todo o Brasil. Carmem foi a primeira atriz de formação brasileira a se projetar no cinema nacional. Cenas de sua vida e de seus filmes, mostrando números musicais de maior sucesso. Cesar Ladeira, em seu depoimento, comenta o que foi a atuação de Carmem na vida artística da época.


                         O JOÃO DE BARRO         


                             








Curta metragem
Gênero: natureza
Duração: 35 minutos
FICHA TÉCNICA:
Direção: Humberto Mauro
Fotografia e montagem: José Almeida Mauro
Produção: INCE
SINOPSE:
Uma rápida sucessão de ninhos inicia este filme que registra os hábitos do pássaro João de Barro, cor de ferro, papo branco e cauda avermelhada. Acompanha a engenhosa confecção da casa de barro armado. Detalhes da postura, da incubação e da alimentação dos filhotes.


                                      BARBOSA                                            














Curta metragem
Gênero: ficção
Duração: 12 minutos
Direção: Jorge Furtado e Ana Luiza Azevedo
Argumento: Paulo Perdigão
Roteiro: Ana Luiza Azevedo, Jorge Furtado e Giba Assis Brasil
Fotografia: Sérgio Amon
Diretor de arte: Fiapo Barth
ELENCO:
Antônio Fagundes
Pedro Santos
Victor Castiel

SINOPSE:
Um gol e o Brasil perdeu a copa do mundo de 1950. Este gol mudou a vida de milhões de pessoas.
E se fosse possível voltar ao tempo, até 1950, e impedir o gol de Ghiggia?  Uma daquelas pessoas está disposta a fazer isso.
“Barbosa” não é um filme sobre futebol; é um filme sobre o Brasil. Ou sobre a culpa.



CORUJA


     
    


                                        



Curta metragem
Gênero: documentário
Duração:  15 minutos

SINOPSE
O cantor Bezerra da Silva tornou-se uma estrela nacional nos anos 80 durante a chamada “explosão do pagode”. Classificado inicialmente pela crítica como “sambandido”, sua música encantou o público brasileiro com crônicas cáusticas e extremamente bem humoradas sobre o cotidiano das favelas cariocas e da Baixada Fluminense.
Poucos sabem o segredo do sucesso de Bezerra da Silva: sua equipe de compositores – pedreiros, trocadores de ônibus, carteiros, técnicos de refrigeração e biscateiros em geral. Sambistas genuínos escolhidos a dedo por Bezerra. Trabalhadores anônimos que cantam como ninguém o universo da malandragem carioca.

FICHA TÉCNICA:
Direção: Simplício Neto, Márcia Derraik
Produção executiva: Rodrigo Letier, Roberto Berliner e Marcia Derraik
Coordenação de produção: Lorena Bondarovsky
Direção de produção:  Mauro Pinheiro Jr. ABC
Som: Pedro Moreira / Luis Eduardo "Boom"
Edição: Leonardo Domingues
Edição e mioxagem de som: Denilson Campos / Soloaudio
DEPOIMENTOS:
Bezerra da Silva / Tião Miranda / Pedro Butina / Simões PQD / Baez / Barbeirinho do Jacarezinho / Wilsinho Saravá / Paulo Lins / Claudinho Inspiração / Pinga / Adelzonilton / Jorge Benjor / Nilo Dias / Nelson Reza Forte.

CURTAS DA  ESTÁCIO





A ENCOMENDA                                     
Direção: Allan Minas
Duração: 10 minutos







                                                                                      
  HOJE TEM RAGÚ                                  
  Direção: Raul Labanca
  Duração: 15 minutos
         

                                                   













VELHA HISTÓRIA
Direção: Claudia Jouvin
Duração: 6 minutos
                            
                                















O QUE FAZ O BRASIL, BRASIL?
Direção: Wanderson Guedes
Duração: 12 minutos

                                  















DARCY – PENSADOR DO BRASIL
Direção: Edson de Souza
Duração: 22 minutos

















AUGUSTO NA PRAIA
Direção: Rafael Eiras
Duração: 10 minutos

   
                              














GAROTO DE  PROGRAMA
Direção: Janice Gouveia
Duração: 12 minutos



                          





O FILHO DA LUZ 
Direção: Kelly Ramos
Duração: 15 minutos












SISTEMA DE COTAS 
Direção: Nixxon da Silva
Duração: 15 minutos






HOMENAGEM  A  GLAUBER  ROCHA





"Sou um camponês de Vitória da Conquista"
"Acho que é uma função digna do cinema mostrar o homem ao homem"
"O que interessa é a criação. A linguagem estabelecida, em  qualquer arte, cansa."
"A função do artista é violentar"
"A História é feita pelo povo e escrita pelo poder"


Biografia
                      

                       Filho de Adamastor Bráulio Silva Rocha e de Lúcia Mendes de Andrade Rocha, Glauber Rocha nasceu na cidade de Vitória da Conquista, sudoeste da Bahia.
                       Em 1947 mudou-se com a família para Salvador, onde seguiu os estudos no Colégio 2 de Julho.           
                       Ali, escrevendo e atuando numa peça, seu talento e vocação foram revelados para as artes performativas.
                        Sempre controvertido, escreveu e pensou cinema. Queria uma arte engajada ao pensamento e pregava uma nova estética, uma revisão crítica da realidade. Era visto pela ditadura militar que se instalou no país, em 1964, como um elemento subversivo.
                        Em 1971, com a radicalização do regime, Glauber partiu para o exílio, de onde nunca retornou totalmente.
                        Em 1977, viveu seu maior trauma: a morte da irmã, a atriz Anecy Rocha, que, aos 34 anos, caiu em um fosso de elevador. Antes, outra irmã dele morreu, aos 11 anos, de leucemia.
                       Antes de estrear na realização de uma longa metragem (Barravento, 1962), Glauber Rocha realizou vários curtas-metragens, ao mesmo tempo que se dedicava ao cineclubismo e fundava uma produtora cinematográfica.
                  Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964), Terra em Transe (1967) e O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro (1969) são três filmes paradigmáticos, nos quais uma crítica social feroz se alia a uma forma de filmar que pretendia cortar radicalmente com o estilo importado dos Estados Unidos da América. Essa pretensão era compartilhada pelos outros cineastas do Cinema Novo, corrente artística nacional liderada principalmente por Rocha e grandemente influenciada pelo movimento francês Nouvelle Vague.
                        Glauber Rocha foi um cineasta controvertido e incompreendido no seu tempo, além de ter sido patrulhado tanto pela direita como pela esquerda brasileira. Ele tinha uma visão apocalíptica de um mundo em constante decadência e toda a sua obra denotava esse seu temor. Para o poeta Ferreira Gullar, "Glauber se consumiu em seu próprio fogo".
                        Com Barravento ele foi premiado no Festival Internacional de Cinema da Tchecoslováquia em 1963. Um ano depois, com 'Deus e o diabo na terra do sol, ele conquistou o Grande Prêmio no Festival de Cinema Livre da Itália e o Prêmio da Crítica no Festival Internacional de Cinema de Acapulco.
                        Foi com Terra em Transe que tornou-se reconhecido, conquistando o Prêmio da Crítica do Festival de Cannes, o Prêmio Luis Buñuel na Espanha e o Golfinho de Ouro de melhor filme do ano, no Rio de Janeiro. Outro filme premiado de Glauber foi O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro, prêmio de melhor direção no Festival de Cannes e, outra vez, o Prêmio Luiz Buñuel na Espanha.
                        Glauber faleceu vítima de septicemia, ou como foi declarado no atestado de óbito, de choque bacteriano, provocado por broncopneumonia que o atacava há mais de um mês, na Clínica Bambina, no Rio de Janeiro, depois de ter sido transferido de um hospital de Lisboa, capital de Portugal, onde permaneceu 18 dias internado. Residia há meses em Sintra, cidade de veraneio portuguesa, e se preparava para fazer um filme, quando começou a passar mal.
                                           
                                                              BARRAVENTO      


                               











Longa metragem
Gênero: drama
Duração: 80 minutos
FICHA TÉCNICA:
Idéia original: Luiz Paulino dos Santos
Argumento, diálogos, e direção: Glauber Rocha
Roteiro: Luiz Paulino dos Santos e Glauber Rocha
Produtor executivo: Roberto Pires
Diretor de fotografia: Tony Rabatony
Editor: Nelson Pereira dos Santos
ELENCO:
Antônio Pitanga / Luiza Maranhão / Lucy Carvalho / Aldo Teixeira / Lídio Silva / Rosalvo Pinto / Alair Liguori / Antônio Carlos dos Santos / D. Zezé / Jota Luna / Hélio Moreno Lima  / Francisco dos Santos Brito
SINOPSE:
Numa aldeia de pescadores de xaréu, cujos antepassados vieram da África como escravos, permanecem antigos cultos místicos ligados ao candomblé. A chegada de Firmino, antigo morador que se mudou para Salvador fugindo da pobreza, altera o panorama pacato do local, polarizando tensões. Firmino tem uma atração por Cota, mas não consegue esquecer Naína que, por sua vez, gosta de Aruã. Firmino encomenda um despacho contra Aruã, que não é atingido, ao contrário da aldeia que vê a rede arrebentada, impedindo o trabalho da pesca. Firmino incita os pescadores à revolta contra o dono da rede, chegando a destruí-la. Policiais chegam à aldeia para controlar o equipamento. Na sua luta contra a exploração, Firmino se indispõe contra o Mestre, intermediário dos pescadores e do dono da rede. Um pescador convence Aruã de pescar sem a rede, já que a sua castidade o faria um protegido de Iemanjá. Os pescadores são bem sucedido na empreitada, destacando-se a liderança de Aruã. Naína revela para uma preta velha o seu amor impossível por Aruã. Diante da sua derrota contra o misticismo, Firmino convence Cota a tirar a virgindade de Aruã, quebrando assim o encantamento religioso de que ele estaria investido por Iemanjá. Aruã sucumbe à tentação. Uma tempestade anuncia o "barravento", o momento de violência. Os pescadores saem para o mar, com a morte de dois deles, Vicente e Chico. Firmino denuncia a perda de castidade de Aruã. O Mestre o renega. Os mortos são velados, e Naína aceita fazer o santo, para que possa casar com Aruã. Ele promete casamento, mas antes decide partir para a cidade de forma a trabalhar e conseguir dinheiro para a compra de uma rede nova. No mesmo lugar em que Firmino chegou a aldeia, Aruã parte em direção à cidade.
                                    

DEUS E O DIABO NA TERRA DO SOL      

                      











Longa metragem
Gênero: Drama
Duração: 125 minutos
FICHA TÉCNICA:
Direção: Glauber Rocha
Roteiro: Glauber Rocha e Walter Lima Jr., baseado em argumento de Glauber Rocha
Produção executiva: Luiz Augusto Mendes
Direção de fotografia: Waldemar Lima
Música: Heitor Villa-Lobos, Sérgio Ricardo e Glauber Rocha
Téwcnico de som direto: Aluisio Viana, Geraldo ,José e Rafael Valverde
Direção de arte e figurinos: Paulo Gil Soares
Edição: Rafael Justo Valverde

ELENCO:
Geraldo Del Rey / Yoná Magalhães  / Maurício do Valle  / Lídio Silva / Sônia dos Humildes / Marrom Antônio Pinto / João Gama / Mílton Roda  / Roque

SINOPSE:
Manuel é um vaqueiro que se revolta contra a exploração imposta pelo Cel Moraes e acaba matando-o numa briga. Ele passa  a ser perseguido por jagunços, o que faz com que fuja com sua esposa Rosa. O casal junta-se aos seguidores do beato Sebastião, que promete o fim do sofrimento através do retorno a um catolicismo  místico e ritual. Porém, ao presenciar a morte de uma criança, Rosa mata o beato enquanto, simultaneamente, Antônio das Mortes, um matador de aluguel a serviço da Igreja Católica e dos latifundiários da região, extermina os seguidores do beato.


                          O DRAGÃO DA MALDADE CONTRA O SANTO GUERREIRO      



     













Longa metragem
Gênero: Drama
Duração: 105 minutos
FICHA TÉCNICA:
Direção e roteiro: Glauber Rocha
Assistente de direção: Antônio Calmon e Ronaldo Duarte

Produção: Glauber Rocha, Zelito Viana e Claude Antoine
Produção executiva: Luiz Carlos Barreto
Som direto: Walter Goulart
Fotografia: Affonso H. Beato
Cenografia: Glauber Rocha
Assistente de cenografia: Paulo Lima e Paulo Gil Soares
Figurinos: Glauber Rocha, Paulo Lima, Paulo Gil Soares e Hélio Eitchbauer
ELENCO:
Maurício do Valle
Odete Lara
Othon Bastos
Hugo Carvana

Jofre Soares

Lorival Pariz
Rosa Maria Penna
Mário Gusmão
Paulo Lima
Vinicius Salvatori
Emanuel Cavalcanti
Conceição Senna
Sante Scaldaferri
SINOPSE:
Um dia, numa cidadezinha chamada Jardim das Piranhas, aparece um cangaceiro que se apresenta como a reencarnação de Lampião. Seu nome é Coraina. Anos depois de ter matado Corisco, Antônio das Mortes vai à cidade para ver o cangaceiro. Não vem por dinheiro, quer apenas provar se é verdade mesmo. É o encontro dos mitos. E tem início o duelo entre o dragão da maldade e o santo guerreiro. Mas esta história tem seus demais personagens que vão povoar o mundo de Antônio das Mortes. Entre eles, um professor desiludido e sem esperanças, um coronel com delírios de grandeza, voltado para um passado distante, um delegado com ambições políticas e uma mulher, Laura, vivendo uma trágica solidão. Todos são envolvidos na ação dirigida por Antônio e seus contraditórios conceitos de moral e justiça.
                                               
                                                              
                                                                  TERRA EM TRANSE        



                   












Longa metragem
Gênero: drama
Duração: 115 minutos
FICHA TÉCNICA:
Direção e roteiro: Glauber Rocha
Produção executiva: Zelito Viana
Direção de produção: Luiz Carlos Barreto / Carlos Diegues / Raymundo Wanderley e Glaube Rocha;
Música: Sérgio Ricardo
Direção de fotografia: Luiz Carlos Barreto.
Câmera: Dib Lufti
direção de arte: Paulo Gil Soares
figurino: Paulo Gil Soares
edição: Eduardo Escorel
ELENCO:
Jardel Filho  / Paulo Autran / José Lewgoy / Glauce Rocha / Paulo Gracindo / Hugo Carvana  / Danuza Leão Jofre Soares / Modesto De Souza / Mário Lago / Flávio Migliaccio  / Telma Reston / José Marinho /Francisco Milani  / Paulo César Peréio / Emmanuel Cavalcanti / Zózimo Bubul / Antônio Câmera / Echio Reis / Maurício do Vale / Rafael de Carvalho e Ivan de Souza.
SINOPSE:
Num país fictício chamado Eldorado, o jornalista e poeta Paulo (Jardel Filho) oscila entre diversas forças políticas em luta pelo poder. Porfírio Diaz (Paulo Autran) é um líder de direita, político paternalista da capital litorânea de Eldorado. Dom Felipe Vieira (José Lewgoy) é um político populista e Julio Fuentes (Paulo Gracindo), o dono de um império de comunicação. Em uma conversa com a militante Sara (Glauce Rocha), Paulo conclui que o povo de Eldorado precisa de um líder e que Vieira tem os pré-requisitos para a missão. Grande clássico do Cinema Novo, o filme faz duras críticas à ditadura.